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Como e por que quiosques interativos estão revolucionando as vendas

No mundo da tecnologia, a reação do público a cada novidade varia bastante. Em alguns casos, muitas pessoas adotam em um instante, enquanto que outros nunca encontram um público-alvo. Mas também há aquelas tecnologias que não convencem na hora, mas que se tornam muito importantes conforme o mundo muda – este é o caso dos quiosques interativos.

Se você curte estas novidades e fica por dentro de avanços para os negócios, já deve ter lido sobre estes equipamentos. Nos últimos 10 anos, a impressão que fica ao ler tantas matérias sobre o tema é que todo ano é o ano dos quiosques interativos.

O foco é exagerado, mas tem fundamento. Afinal, não é à toa que todos ficam encantados ao ver lojas e mercados – geralmente chineses – trabalhando em modelo omnichannel com o apoio desta tecnologia.

Mas, na prática, esta ideia sempre pareceu distante, limitada a países onde o custo da infraestrutura é menor. Até que isto mudou em 2020.

Como (e por que) quiosques interativos viraram assunto da vez

Se você não é familiar com o nome, talvez já tenha visto estes totens em algum lugar. Ainda não se trata de uma tecnologia extremamente comum, mas já chega a ser comum o bastante para fãs de tecnologia já terem visto um exemplo em algum lugar.

Exemplo de quiosque interativo para automatizar pagamentos
Exemplo de um quiosque de pagamento - Fonte: Wikimedia Commons

De forma resumida, estamos falando de pequenos computadores, muitas vezes com sistemas operacionais especiais, cada um com foco em uma atividade específica. O que une estas plataformas é o seu interesse comum em automatizar o atendimento com o uso da tecnologia moderna.

A ideia é que, ao permitir que as pessoas deixem de depender de atendentes, elas consigam personalizar o serviço. Ou seja, tudo pensando em melhorar a experiência do usuário – tema que, inclusive, já abordamos em nosso blog.

Mas por que 2020?

Quiosques interativos vêm em várias formas e tamanhos. Desde totens de pagamento (como ilustrado acima) a máquinas de check-in em aeroportos (entre tantas outras opções), praticamente todas as empresas têm pontos em que podem instalar um totem para facilitar processos.

E, apesar da adoção destas soluções não ter sido uma prioridade para muitas empresas, que preferem contato pessoal, 2020 desafiou esta ideia.

Por questões sanitárias, a ideia do autoatendimento deu um grande salto na lista de prioridades de muitos gestores. Mas as vantagens vão muito além do distanciamento.

Para ilustrar melhor os vários usos destes quiosques, podemos citar alguns exemplos interessantes de negócios que podem ganhar com sua implementação:

  • Supermercados, com caixas de autoatendimento, ajudando a economizar espaço e eliminar filas;
  • Prestadores de serviços como clínicas médicas, usando totens para distribuir senhas;
  • Escolas, que podem utilizar quiosques para que alunos façam rápidas buscas e enviem arquivos para impressão em um ambiente mais seguro;
  • Revendas de carros, permitindo que clientes vejam os detalhes dos veículos que querem comprar – além de uma prévia, caso ele não esteja no showroom.

Mas, acima de tudo isto, uma possibilidade sobre o uso dos quiosques interativos chama a atenção do mercado há algum tempo: a metodologia omnichannel

Omnichannel: a grande promessa para o futuro das vendas

Esta estratégia (ocasionalmente chamada de “multicanais” em português) é muito falada por profissionais de marketing e vendas há uns bons anos.

A ideia é um tanto complexa e renderia um artigo inteiro por si só. Mas, de modo resumido, representa um modelo de vendas onde a empresa utiliza a internet e avanços tecnológicos para unificar todos os seus canais em uma só experiência.

Por exemplo, se a empresa possui tanto loja online quanto lojas físicas, uma estratégia multicanais faz com que todas elas ajam como uma só loja. Então, se uma pessoa comprar ou pedir serviço online, pode retirar na loja física. Do mesmo modo, um pedido feito pessoalmente pode constar no perfil do cliente no site da empresa.

Em implementações mais avançadas, o modelo multicanais também pode aproveitar realidade aumentada e, claro, os quiosques. Um exemplo clássico é a ideia de visualizar móveis sob medida em sua casa ou apartamento antes de fechar o pedido.

E grande parte do que faz a estratégia multicanal soar tão interessante é o foco na experiência do usuário. O fato de que o cliente pode personalizar o produto ou serviço recebido e controlar a sua experiência. Os quiosques, então, complementam o processo.

Inclusive, em algumas lojas, quase todas as operações podem ser automatizadas e customizadas pelo cliente. Talvez você até tenha ouvido falar de um caso destes quando, há alguns anos, sites e revistas como a Época Negócios falavam muito sobre o “mercado futurista” do AliBaba. Enfim, as possibilidades são quase infinitas, dependendo da criatividade e inovação por parte dos gestores.

Mas o que fica é a questão: como gerenciar um sistema que utiliza quiosques interativos?

O desafio de gerenciar quiosques

Com tantos benefícios, estes totens também precisam de certos cuidados. E estes cuidados já começam na hora da compra.

Ao adquirir um quiosque, a empresa precisa ficar de olho para garantir que o produto atende às suas necessidades. Confira as opções de personalização, as características do sistema.

E, claro, confira se o quiosque realmente é do tipo que você precisa. Sua empresa está buscando um totem para pagamentos? Uma forma de fornecer uma visão prévia de produtos? Talvez uma ferramenta para vender e gerenciar ingressos?

Mas, indo além disto, também é preciso cuidar com a sua rede interna.

Cada quiosque novo não deixa de ser mais um ponto de entrada à sua rede. São mais terminais de acesso onde sua rede é exposta ao mundo real e precisa estar preparada para lidar com as possíveis ameaças.

Então, neste ponto, a empresa precisa ficar atenta a duas questões. Primeiro, é preciso conferir os detalhes técnicos dos quiosques que a empresa quer comprar.

É preciso analisar se a empresa conseguirá gerenciar a ferramenta – afinal, nenhum ponto de acesso é 100% seguro, então é preciso gerenciar à distância e se atentar às ameaças, o que requer que o equipamento seja compatível com os seus sistemas de TI.

E, é claro, a empresa precisa ter uma solução forte e completa para a gestão dos equipamentos. Uma ferramenta que permita monitorar cada um dos pontos de acesso e, ao mesmo tempo, agilizar o trabalho e a solução de problemas.

Então, aqui entra o LogMeIn Central. Suas funções de gestão de ativos ajudam a equipe de TI a identificar facilmente as máquinas que apresentam falhas.

Ou, melhor ainda, fazendo uso dos módulos adicionais, os responsáveis recebem alertas assim que as máquinas agem de forma inesperada, antes que falhas sérias ocorram.

Em conclusão

Os quiosques interativos realmente prometem muito, e os seus possíveis usos, combinados com avanços em conectividade e gestão de dados, prometem muito para o futuro dos negócios.

Mas, como qualquer outro equipamento, sua empresa precisa identificar a solução correta. E, ao mesmo tempo, trabalhar a sua segurança. Algo que, apesar de soar intimidador à primeira vista, se torna mais fácil e prático com uso de softwares modernos.

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Entendendo o que é UX, a Sigla da Vez no Mundo de Negócios

Desde 2005 (ano em que surgiram os smartphones) até hoje, cada vez mais empresas criam e vendem seus apps, em um mercado sempre em evolução. E, com este crescimento, mais e mais termos diferentes entram em nossa fala – desde o 4G ao streaming. Mas, para muitos, um dos mais novos termos tende a vir na forma de uma pergunta: afinal, o que é UX?

Esta dúvida é comum, ainda mais se você usa o LinkedIn, rede onde UX Design virou assunto da vez no último ano. Mas, ao falar já no Design, nós estamos começando pelo ponto errado.

Então, vamos começar pela raiz da questão:

O que é UX?

A sigla é uma abreviação em inglês para “experiência do usuário”, o que já nos dá uma dica do seu significado.

Usando a definição do blog Adobe XD Ideas, podemos dizer que a ideia de “UX” como um todo se refere às interações com produtos. Ou seja, é a experiência que o usuário tem ao utilizar um app ou consumir uma mercadoria.

Este termo surgiu nos anos 1990 e, na época, foi usado em referência aos computadores da Apple. Mas a verdade é que todo produto tem sua própria UX.

Como um todo, o conceito é parte constante da vida do marketing e de equipes de venda. Afinal, UX engloba todo o processo de compra e uso do produto. Desde a hora em que o consumidor aprende sobre o produto pela primeira vez até o seu dia a dia usando-o.

Ou seja, o transporte do produto, sua aparência, a receptividade da equipe de vendas, a qualidade das publicações publicitárias. Tudo isto também faz parte da UX. Desta forma, os trabalhos em UX vão desde o desenvolvimento do produto à forma de entrega e à manutenção.

Já no caso de apps e serviços digitais, a análise da experiência do usuário deve incluir até mesmo as páginas de login e registro de conta, já que elas também fazem parte do processo de uso do produto ou serviço.

Entendendo a diferença entre UX e UI

Voltando ao mundo da informática, muitos confundem a experiência de usuário com o termo “UI”. Então vale à pena criar um adendo para explicar a diferença.

“UI” é um termo já mais comum, usado em todo o mundo de softwares. O significado literal da sigla é “interface do usuário”. Em outras palavras, a “UI” é toda a parte de um app que interage com o usuário.

Ocasionalmente a sigla aparece como “GUI”, que significa “interface do usuário gráfica”. Hoje em dia, esta diferença é quase inexistente e o termo GUI é mais usado em meios acadêmicos, para diferenciar apps modernos dos primeiros softwares, onde o usuário interagia 100% por texto – como no MS-DOS, por exemplo.

Como a qualidade da interface afeta diretamente a experiência do usuário, podemos dizer que as interfaces são parte da UX. Devido a esta relação, então, muitos acham que basta montar boas interfaces para dizer que a pessoa já é uma UX Designer. Mas, na prática, não é bem assim.

O desenho da experiência do usuário

Como podemos ver acima, o mundo da experiência do usuário é bastante complexo e envolve vários elementos – e até mesmo um conhecimento da psicologia humana.

Mas, de modo geral, a ideia de um UX Designer está ligada ao desenvolvimento de softwares. Traduzindo de uma forma direta, podemos dizer que um “UX Designer” seria um “desenhador da experiência do usuário”. Mas aqui temos um porém, já que a diferença entre designers de interface e de experiência varia muito de acordo com o mercado.

Para algumas empresas, designers nesta posição trabalham basicamente como UI Designers, mas focando seus esforços na psicologia do usuário e não na aparência dos apps. Mas, de modo geral, preferimos a definição sugerida pela CareerFoundry.

De forma resumida, um UX Designer foca em humanizar a tecnologia, sendo uma profissão do mundo da TI. Esta atividade, então, requer uma série de processos. Estes designers precisam fazer pesquisas de mercado e de opinião, desenhar o fluxo de uso dos apps, desenhar protótipos, liderar processos de teste, etc.

Ou seja, são profissionais em uma certa posição de liderança. Estas pessoas podem não atuar como líderes no design do produto, mas suas observações sobre os usuários podem mudar completamente o rumo do app.

Para exercer suas atividades, então, os UX designers precisam aperfeiçoar seu conhecimento o tempo todo. Não só é necessário ficar por dentro de novidades do mercado, mas também é preciso ficar de olho em mudanças no comportamento dos usuários.

Além disso, é claro, são profissionais que precisam de muita empatia – afinal de contas, precisam “se colocar” no lugar do usuário. Sua obrigação é entender como outras pessoas usarão seus apps. Pessoas que, ao contrário dos outros membros da empresa, não têm nenhum conhecimento prévio.

A escrita na experiência do usuário

Outro cargo relacionado que você pode ter visto online é o de UX Writer. De modo literal, podemos traduzir como “escritor da experiência de usuário”, mas desta vez a tradução literal não nos ajuda a entender a questão.

Então, aqui usamos a descrição da Express Writers para compreender melhor esta nova profissão. Segundo sua definição básica, então, podemos dizer que são redatores altamente especializados em guiar os usuários de uma forma natural.

Estas pessoas, então, colaboram com a experiência do usuário elaborando todos os textos que eles encontrarão ao usar os apps. Também são pessoas com altos níveis de empatia, já que os textos devem ser intuitivos.

Além de botões e elementos de aplicativos, porém, estes redatores também trabalham com textos adicionais. Por exemplo, termos de uso (com auxílio do time legal da empresa), páginas de erro em sites e formulários em geral são todos textos que, muitas vezes, também são elaborados por UX Writers.

Fatores importantes para a UX

Como é de se imaginar, considerando quantos elementos fazem parte da experiência do usuário, esta é uma questão difícil de medir. Então, para ajudar, profissionais da área fazem pesquisas constantes buscando entender o nível de satisfação dos usuários.

Estas pesquisas, bem como os trabalhos de experiência dos usuários, atuam com base em alguns quesitos, apontados pelo portal Usability.gov:

  • Utilidade: O seu produto é útil para o cliente? Ele possui um motivo para existir no mercado?
  • Usabilidade: Seus usuários conseguem utilizar o produto sem problemas? Há falhas no produto ou dificuldades sérias por parte dos usuários?
  • Desejabilidade: O produto é chamativo e desejável pelos usuários? Ele possui uma estética que faz com que as pessoas queiram utilizá-lo?
  • Encontrabilidade: É fácil para o usuário encontrar o conteúdo que ele precisa? Os conteúdos ou funções importantes estão ao alcance ou são difíceis de encontrar?
  • Acessibilidade: Seu produto atende a portadores de necessidades especiais? Ele é acessível para as mais diferentes pessoas?
  • Credibilidade: Seu material é transparente? Existem razões para seus usuários confiarem e acreditarem em você e no seu material?

Certamente é um trabalho complexo, com muitos detalhes para se atentar. Mas, para a grande maioria dos produtos e serviços online, estas questões são (ou eventualmente serão) vitais para se diferenciar e reter clientes.

E vale lembrar, como sempre, que sua empresa não precisa depender apenas de soluções internas para trabalhar sua UX. A aquisição de softwares e soluções de terceiros pode muito bem suprir seus pontos fracos.

Por exemplo, se sua empresa encontra um gargalo nos atendimentos, uma ferramenta como o LogMeIn Rescue pode agilizar os trabalhos e melhorar o seu atendimento. Por outro lado, se você realiza eventos online e a qualidade está deixando a desejar, uma solução como o GoToWebinar pode ser perfeita para trazer mais qualidade ao seu serviço.

Em conclusão

O mundo da UX pode parecer complexo, mas, no fundo, todas as empresas já contam com elementos dessa mentalidade, através de sua preocupação com os clientes.

Mas, é claro, o cuidado com a experiência do usuário só cresce, e deve ser redobrado se você está desenvolvendo um app. É importante ter empatia e se colocar no lugar do seu cliente, para ter certeza de que a empresa está fazendo um bom trabalho.

E, é claro, vale sempre analisar seus pontos fracos e buscar soluções – sejam elas desenvolvidas internamente ou em forma de produtos adquiridos para suprir suas necessidades.